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"Moramos na mesma casa mas não vivemos mais como marido e mulher"
postado dia 17 de Março de 2014
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Em uma conversa informal, com uma desconhecida, foi-me revelado que ela e seu marido por mais de 10 anos não viviam mais como marido e mulher. Imediatamente pensei: Como é que alguém conseguiria viver por tanto tempo nesta situação. Baseando-me nos meus sentimentos como mulher, como isto seria possível? Pois, a mulher por natureza é romântica e mais frágil que o homem. O que a levaria viver neste tipo de relacionamento se, por sua vez, os gêneros são afetivamente dependente de amor?

A resposta veio de imediato, a partir do desenrolar da conversa: Falta de perdão, conclui. Este é o mal, incontido, que assola milhões de casamentos “sobreviventes”, desta recente cultura em que vivemos.

Uma breve reflexão:

Queríamos o direito à educação, a oportunidades iguais e tantos outros já conquistados. Mas, com que objetivo? Onde isto nos levou? Somos independentes! Diriam algumas com punho erguido e voz estridente. É verdade. Mas, o que não podemos esquecer é que toda ação produz uma reação. Olhemos ao nosso redor e vejamos os resultados do nosso comportamento.

Temos que ter direitos iguais, mas, “não somos iguais”. Homem e mulher, diferentes até na simetria, para começar. Diferentes na alma, nos comportamentos, na genética e nos atributos que nos foram confiados. Que atributos? Perguntariam mais mulheres, agora zangadas por tocar em um assunto que não querem ouvir, mas que estão feridas por não admitir que eles existem e devem ser minuciosamente considerados. Há séculos estes atributos foram intocados e por incrível que pareça, deram certo: A mulher que cuidava do lar, dos filhos e do homem que provia o sustento.

Há cinquenta anos atrás, ainda vivíamos assim. E se olharmos para aquele tempo, veremos que estes valores causavam uma estabilidade familiar. A violência, a prostituição, o uso de drogas lícitas e ilícitas, o número de mães solteiras, filhos depressivos pela ausência dos pais por causa dos casamentos destruídos aumentaram assustadoramente.

Agora, neste momento, se estivesse em praça pública, algumas mulheres, já estariam em punho, agarradas a mim, para impor sua objeção. Semelhantes aos homens, usando de força, querendo se parecer com eles.

Deveríamos ter pensado melhor, sobre nossos direitos e observado bem os nossos deveres. Temos um papel a cumprir, que homem nenhum poderá nos substituir, embora, tenham se esquecido também de muitos dos seus deveres. Por não terem mais autoridade sobre nós, decidiram ser como nós. Pois existe um ditado comumente falado de que: “Se você não pode com seu inimigo, junte-se a ele”.

Não devemos esquecer nossos antigos valores: Doadoras, românticas, respeitosas, frágeis, submissas... Eles foram um pilar na vida das famílias de antigamente.

Voltando a história daquela mulher que não tinha mais um relacionamento conjugal “normal”. Ela vinha sofrendo como muitas que não conseguem se desvencilhar da cultura, agora, imposta. Seu marido errou, como tantos outros. E ela, por sua vez, não consegue perdoá-lo. Porque não? Por que ela se intimidaria com o que diriam estas mulheres: - Você deve se valorizar.  Faça com ele o mesmo e então estarão quites.

Então, esta mulher, com valores incríveis (pois não quer dar o troco), continuará em um dilema, que se não considerado, o quanto antes, e sanado, na próxima geração, estará mais aflorado. Ela não foi embora, ainda, porque acha que está fazendo errado se for. Ainda não se reconciliou, porque não sabe mais perdoar como as mulheres de antigamente sabiam. Perdoar, viver em paz, viver em família.

Não esqueçamos os muitos valores importantes que estão fora de moda e antiquados. Nossos filhos  nos agradecerão. Um dia nos olhararemos no espelho e veremos que vale a pena perdoar e ter reconhecido algumas coisas que precisavam ser mudadas. Isto vai nos tornar ainda mais "mulheres" e nos trará muita felicidade, saúde, direitos e posições tão sonhadas. 

2 Comentários
Pedro - 07/03/2018

Um dia, uma senhora me fez uma observação muito forte dos tempos atuais e que anda pegando muita gente de surpresa principalmente homens, a questão da alimentação doméstica. "Não tem mais gente para fazer comida." Ela estava se referindo ao fim da empregada doméstica ou aquela estrutura familiar onde, se não tinha a empregada, a esposa fazia a comida. Os jovens estão adaptando ao novo tempo, porém muitos homens principalmente em meia idade se acomodaram porque sempre teve alguém para lhes fazer a gostosa comidinha caseira. Vieram as mudanças e circunstâncias de vida e de repente eles se viram obrigados a fazer suas comidinhas caseiras, coisa muito difícil para muitos porquanto ou dormiram ao longo de suas vidas ou não se ativeram a esta possibilidade. Foram como que atropelados pelo trem da história. Muitos para pior cantavam de galo ironizando as motoristas de fogão. Deu no que deu. O salário do pecado é a morte...:)

Resposta:
Mônica Alves

Obrigada por se expressar, Pedro! Você é bem vindo aqui. 

"Deu no que deu", mesmo! Juntou o tratamento inadequado em relação as mulheres com as mudanças de uma geração inteira e as coisas não ficaram muito boas, não é mesmo? sad

Fabiana - 08/05/2017

Oi boa noite, adorei o post super interessante, Acho que as mulheres, estão perdendo o pé, a mão e tudo, querendo se igualar aos homens, não estou falando para aceitar violência verbal ou fisíca por que acho inadimicível, mas entrar em um acordo. 

Resposta:
Mônica Alves

Que bom que gostou do post, Fabiana! É isso mesmo, estamos precisando mais de equilíbrio. Beijos...

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