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São muitos os assuntos polêmicos que estão fazendo parte do Brasil, atualmente: Corrupção no governo, Igualdade de gênero, Empoderamento feminino, Liberdade de expressão. Enfim, venho acompanhando, refletindo e acima de tudo me incomodando com a parte que mais me toca: que são as informações diretamente ligadas à família.
Tenho ouvido de tudo: mulheres dizendo que não querem ser taxadas de princesas. Que a arte inclui crianças sendo expostas à pornografia. Até que, em uma reportagem, de uma emissora conceituada, ouvi dizer que as mulheres têm empreendido mais do que os homens. Achei estranho, fiquei intrigada e me perguntei de onde havia vindo este dado.
Como aprendi que nem tudo que passa na tv deve ser engolido sem antes ser bem mastigado, nunca absorvo sem antes averiguar e por isso resolvi pesquisar. Diante de tanta informação jogada a esmo senti a necessidade de me pronunciar, validando a premissa de que "nem tudo é o que aparenta ser".
Por ser empreendedora juntamente com meu marido, já vinha, mesmo que inconsciente, avaliando nossos clientes há algum tempo. Eles são 99,9% empresas e já havia constatado algo interessante, percebido que a grande maioria são de homens que utilizam os nomes de suas mulheres para empreender. Os CNPJs são abertos pelas mulheres mas, as empresas administradas pelos homens.
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Então, assim como eu, você pode se perguntar: porque isso está acontecendo?
Por que os homens que lutam para empreender nesse país, na grande maioria pequenos empresários que não desistem, sofrem, passam humilhação, e quando se veem encurralados pela dificuldade de continuar empreendendo, quase fechando suas portas, são obrigados a utilizar os nomes de suas mulheres, esposas, irmãs, e até amigas... para poder prosseguir.
Não estou querendo dizer que algumas dessas mulheres não tem seus méritos, ou que uma boa parte delas não empreendam "de verdade". Não é isso! Meu questionamento, e até a exposição deles aqui, não é para desmerecer ninguém. Mas, sinceramente acho, e não apenas eu, que nós mulheres deveríamos observar mais atentamente para as situações apresentadas. Ver o que está por traz de tanta maquiagem. Pois, para uma mulher desavisada ligando a tv, vendo a matéria do crescimento exponencial das empreendedoras no Brasil, o poder de influência que esse dado impõe sobre ela é muito grande. Porque ninguém gosta de se sentir um “peixe fora d’água”, não é mesmo? Com isso, muitas optarão por trabalharem fora e, cá entre nós, muitas já saíram de casa o suficiente, causando uma desordem familiar sem precedentes, como explica o Dr. Daniel Goleman.
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Contudo, o que me aborreceu de verdade, foram as informações negativas ocultadas, informações absurdamente relevantes, mas que foram descartadas:
O que NÃO foi dito é que um percentual significante de empresas abertas pelas mulheres perdem produtividade ao longo dos anos e não prosperam como as dos homens. Isso ocorre porque a mulher perde força, principalmente pela jornada dupla de trabalho. É duro conciliar empresa, família, casa...
Mas, porque algo tão importante como isso não é dito? Porque uma emissora aborda esse assunto como se fosse a melhor coisa do mundo? Porque ela não toca nos pontos críticos? Maquiam e fingem que eles não existem?
A única explicação plausível, para isso, é que a instituição por traz dessa matéria não está nem aí para a família. Como diz o ditado: “Querem ver o circo pegando fogo”. Essa é a resposta.
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O intuito dela é: vamos arrastar o máximo de mulheres de suas casas, vamos fazer elas dizerem não à maternidade (ratificam que o sucesso profissional é caminho oposto à maternidade), vamos deixar seus filhos à mercê da educação de baixo nível.
Baixo nível? Alguém com mais recursos financeiros pode questionar. - Trabalho, ganho e proporciono a melhor educação, pago a melhor escola para meu filho!
Baixo nível, sim! Por quê, o que trouxe estabilidade emocional às crianças, nunca foi uma escola cara que o dinheiro pôde pagar, mas a presença do pai e da mãe na criação dos seus filhos.
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Daniel Goleman, Psicólogo e Cientista, ph.D, autor do livro que fala sobre a Inteligência Emocional, apresentou dados de uma amostragem nacional, indicando que em apenas uma década, entre 1970 e 1980, houve um declínio expressivo de bem estar nas crianças americanas. Elas estavam mais perturbadas, sofriam de solidão e ansiedade, decorrente da ausência dos pais que passavam mais tempo no trabalho do que em casa.
Ele e uma leva de pesquisadores afirmam que a Inteligência Emocional, o equilíbrio interno, sempre foi tradicionalmente transmitida nos momentos da vida cotidiana - com a presença dos pais e os parentes, e nas brincadeiras livres.
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Outros fatores relevantes que essa emissora não revelou, são que, a grande maioria dessas mulheres optaram por empreender por serem as únicas responsáveis pela renda familiar e por causa da falta de emprego, atualmente. Decidiram, muito mais, pela necessidade, do que por opção. Ela não disse também que seus setores de atuação são resumidos em apenas quatro. * Essas empreendedoras distribuíam-se nos setores de: serviços domésticos (13,5 %) , cabeleireiros ou tratamento de beleza (12,6 %), comércio varejista de vestuário e acessórios (12,3 %) e eventos e bufê (10,3%)*, que no meu ponto de vista, são os mais comumente chamados de “serviço braçal”. Os demais setores estão quase que intransponíveis.
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Por isso estou aqui falando desse assunto com você. Porque, quanto mais escondemos as dificuldades e só mostramos o lado positivo, fazemos com que muitas tomem decisões precipitadas. Quanto maior for o incentivo só focado na "cereja do bolo", maior é a adesão. E adesão sem conscientização, sem sobriedade, sem conhecer os dois lados da moeda, é danoso.
Se não mostrarmos a principal “contra indicação da mulher fora de casa” nenhuma delas poderá escolher conscientemente na decisão que deverá tomar e causaremos estragos irreparáveis que danificarão uma geração inteira.
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Se você tem opção, não estiver agindo por necessidade, pense um pouco mais na sua família, sobre o tempo que você reservará para a criação dos seus filhos e escolha o momento certo para empreender, se este é o seu sonho.
*Estes dados apresentados aqui estão na pesquisa global coordenada no Brasil pelo Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae) e o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBPQ).