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Até que ponto devo continuar casada? Decreto de Nulidade.
postado dia 17 de Setembro de 2015
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Ficava imaginando o que aconteceria quando o meu livro fosse publicado. As pessoas iriam gostar, indicar, comentar, ignorar, odiar? Pensava nas críticas, sugestões, uma infinidade de pensamentos rondavam a minha cabeça. Pensei em tudo referente aos leitores, menos no que aconteceria, dentro de mim, quando ele fosse exposto.

Recebi depoimentos, conheci novas histórias e fui confrontada com realidades antigas que me fizeram refletir profundamente sobre elas.

O Carta às Mulheres, em sua totalidade, aborda e incentiva a não desistência do casamento. Mas, por sua vez, até onde poderemos avaliar uma situação e rotulá-la como certa ou errada? Devemos continuar casadas até que ponto? Até onde devemos prosseguir?

Conflitos óbvios como adultério e violência doméstica dão embasamento a decisões mais precisas em relação ao futuro de um relacionamento. E as situações menos escancaradas? O que fazermos diante dos inúmeros problemas acumulados que corroem e nos fazem desejar que os dois primeiros problemas citados, neste parágrafo, fossem o nosso e não o que estamos enfrentando agora? Mesmo nos tempos de hoje já cheguei a ouvir declarações como: "não me importava se ele arrumasse outras fora, mas que fosse um homem, para mim, dentro de casa".

Para algumas mulheres, ser traída é infinitamente menos doloroso do que ser rejeitada.

Sempre pensei em questões como estas, recentemente abordada, da Igreja Católica, sobre a anulação de um casamento. A lei consiste em: Uma anulação, conhecida formalmente como "decreto de nulidade", é o veredicto de que um casamento não é válido nos termos da lei da igreja porque certos prerrequisitos, como livre arbítrio (uma das partes não queria este casamento, as circunstâncias o obrigaram), maturidade psicológica (adolescentes que se casam, pessoas sem base familiar alguma) e disposição de ter filhos (homens e mulheres que se negam ou não podem, por qualquer motivo, gerar filhos), não foram cumpridos. Isso permite aos antigos cônjuges voltar a se casar na igreja.

Vamos ver um exemplo:

Imagine que uma jovem de 16 anos, imatura, com pouca referência paterna, engravide de um rapaz dois anos mais velho que ela. Este parceiro não estudou, insubmisso aos pais e com exemplos conjugais decadentes de referências para a sua vida. Ambos casam-se, pois estão sendo pressionados, pelos pais, porque um bebê já está por vir deste relacionamento precoce. Esta jovem vai adquirido maturidade ao londo dos anos e percebe os grandes problemas em que está envolvida, por este rapaz não atender as suas necessidades afetivas (por não ser carinhoso nem demonstrar amor), fisiológicas (por não procurá-la para o sexo) e financeiras (ela que tem que trabalhar para sustentar a casa). O tempo vai passando e ele por inúmeras vezes se envolve em relações extraconjugais. O casamento é abalado e destruído. Esta mulher, por conta própria, decide esquecer, perdoar e recomeçar. Mas, por incrível que pareça, a postura deste homem continua a mesma. Frio, sem amor, indiferente a qualquer necessidade desta mulher. Ambos voltam a conviver sobre o mesmo teto, ela disposta a amá-lo, mas ele apenas estando acomodado a toda situação degradante que ele mesmo impõe. Por fim, esta mulher dá um fim a este relacionamento, após alguns anos dele retornar para casa.


Quem ousará dizer que ela não foi boa o suficiente? Quem imporá a responsabilidade sobre ela de o relacionamento não perdurar? A igreja, a sociedade, a bíblia ou nosso egoísmo desenfreado de não aceitarmos a contradição do que jugamos ser o correto? Queremos estar certos o tempo todo. As pessoas não entenderam ainda que a verdade é a mesma, mas as histórias e as pessoas são diferentes.

Minhas perguntas são: Quando foi que este casamento iniciou e terminou? A bíblia diz que deixarão ambos (homem e mulher) seu pai e sua mãe para depois haver a união. E quando o sexo chegou primeiro? Deus uniu estas duas pessoas ou ambos uniram-se? Acredito que erros podem ser corrigidos e pecados perdoados. Mas, se o erro não for apenas o ato impensado do casal em firmar esta união e sim uma série de erros que resultarão em uma sucessão de problemas incorrigíveis?

"Não julgueis, pois, para não serdes julgados; porque com o juízo que julgardes os outros, sereis julgados; e com a medida com que medirdes, vos medirão também a vós." Mt 7:1 e 2.

Decreto de Nulidade, saiba mais: http://app.folha.uol.com.br/#noticia/593342

 
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Fabiana - 08/05/2017

Oi boa tarde, gostei muito da matéria, sou casada, faz 21 anos, acho que casamento é para ser feliz, é claro que tem problemas e muitos, os dois tem que chegar em um bom senso. 

Resposta:
Mônica Alves

É Fabiana! Haja problemas para administrarmos. Que bom que pensa assim, que casamento deve ser bem administrado, ter bom senso entre ambos. Grande abraço.  

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